4/11/2011

Todo mundo mata, todo mundo morre um pouco

Não tinha falado sobre o acontecimento da escola de Realengo no Rio de Janeiro, parece que todo mundo ja tinha falado demais, o mundo me assusta.
Mas até então, não tinha visto uma cena e achoq ue nem precisava ver, mas uma coisa me chamou muito a atenção.
Depois que o atirador foi morto e ocorreu a invasão na escola, havia um aluno caido no corredor, baleado, agonizando, pedindo ajuda. Todos passavam por ele, por instantes, quase foi pisoteado pelas pessoas que entravam correndo.Ele pedia ajuda, estendia as mãos, ninguém parava, nem o policial, nem curiosos, nem mães, pais, amigos...ninguém....Ali ele ficou, foi levado ao hospital ja inconciente e permanece em coma.
Até ficar inconciente, imagino como esse garoto deve ter sentido medo, frio e desamparo.
Pessoas frias, pessoas que corriam e se importavam apenas com seu própio umbigo, pessoas que agora choram em coro, pessoas que se unem para falar sobre a paz.
Sei bem como é ter medo, como é achar que a vida escorre por entre os dedos e tudo o que você mais quer é uma mão, é alguém lhe dizer que vai dar tudo certo.
Se sentir acolhido pode mudar muita coisa, mas agora ja é tarde.
Vi pessoas que entraram naquela escola, sem ter nenhum parente lá, entraram apenas pela curiosidade e pela vontade de fazer justiça, sendo que a maor justiça era apenas estender a mão.
Todos que ali passavam e viam o menino pedindo ajuda, mataram um pouco a esperança dele, e todo mundo que viu a cena morreu um pouquinho com esse menino.

2 comentários:

Unknown disse...

É uma cena muitooooooooooo, forte, dolorida e triste. Uma criança morrendo, e pessoas passando, como se não houvesse mais nada a se fazer, mas ao levantar aquele braço estava grintando: "eu ainda não morri estou aqui me ajudem, eu tenho esperança". Aff, essa foi a pior cena de todo esse massacre.

Anônimo disse...

É uma cena muitooooooooooo, forte, dolorida e triste. Uma criança morrendo, e pessoas passando, como se não houvesse mais nada a se fazer, mas ao levantar aquele braço estava grintando: "eu ainda não morri estou aqui me ajudem, eu tenho esperança". Aff, essa foi a pior cena de todo esse massacre.