8/11/2008

11 dias, 11 cartas - 1º dia

João Pedro esta com 6 messes. Amo meu filho e minha familia de uma maneira divina, amo meus amigos.
Tenho tanto para dizer mas precisava de um motivo que me fizesse vir até o blog expor. Foi a maneira mais sensata de exteriorizar, assim como tudo, quando estou bem estou bem e só, quando estou confusa escrevo, pois as palavras da minha boca não saem, porém de meus dedos fluem.
Estou lendo "A fantastica volta ao mundo" de Zeca Camargo, ouvindo The Who e Barão Vermelho (nessa ordem) e comprei uma sony dsc-h10, semi profissional, meu filho merece!
Bom, vamos ao blá blá blá.

Às vezes procuro motivos para escrever
Incentivos, árduos ou não.
Saudades, breves ou longas.
Baixar a guarda talvez não seja o meu ponto forte, o equilíbrio entre não saber segurar o desejo e a expressão esta além de minhas forças.
Ser vulnerável ao coração, deixá-lo ser seu guia, são apenas formas de expressão.
Pedir para alguém acender o cigarro, matar a saudade do cheiro, sei-lá, coisas estranhas assim acontecem no coração burro.
O coração vai ficando pequeno a saudade que nem começou já mata.
É como ter um vicio assim dizem, é um vicio a necessidade das 24 horas ininterruptas de você, overdose de prazer.
Antes isso ao anonimato, é melhor ser e aparecer do que desaparecer, ou de tanto aparecer enjoar e sumir sem deixar vestígios.
Estou e vou conseguir chegar ao ponto aonde tanto pede.
Não sou ninguém, posso vir a ser, não sou forte nem equilibrada e não tenho destino para minhas palavras.
O que escrevo vai além da minha alma, transcende, evolui, fala por si.
Preciso estar tranqüila, ferve em mim a claridade do dia, me faz saltar da cama sair e viver, sentir tão intensamente ao ponto de doer faz sentir que valeu a pena.
Sou sádica e doce, sei disso, não culpo ninguém.
Sinto-me idiota por gostar tanto, um dia amor no outro ódio.
Fico confusa com meias palavras, com despedidas e incertezas, tenho todo tempo do mundo, mas nunca soube esperar.
Tenho o privilégio de ser a Débora Denise, e o azar de não saber manusear isso tudo que Deus me deu.
Você me diz para ficar bem, e eu te digo que ficar bem, parece a mesma coisa que todos dizem em um velório, o adeus ao corpo e que a alma fique em paz. Algo não se encaixa nessa frase.
Tribulações me movem erroneamente, para caminhos certos ou incertos, um desses movimentos me levou até você e hoje me trazem de volta.
Não sou madura nem mulher e também não sou criança, preciso apenas descobrir aonde todos podem me localizar, um dia sou verão e no outro inverno, um dia na estrada no outro em casa. Perco-me em mim mesma, nesses meus devaneios de amor e ódio, de perdas e conquistas de amores inacabados.
Deixe-me sem você 11 dias e vamos ver o estrago, ainda não assimilo muito bem despedidas, volte e terá uma carga extra de Débora, com sabor ou sem, pois amanhã é um novo dia e dele eu não sei mais o que esperar.
Eu peço o que um dia você me deu, peço promessas. Apenas peço o que tive, não é novidade e não deveria ser.
Sei que tudo é muito espiritual, mas meu corpo pede. E enquanto ele não cansar eu vou pedir mais uma dose de você, só para me embriagar e perder as palavras o chão e o compasso da dança. Nem sabia dançar mesmo....
Te amo, e não se assuste, te amo como a um irmão.
As vezes queria que fosse só meu, como propriedade, sei que é errado, mas me sentiria segura. Uma segurança idiota que sabemos que não existe na possessão.
Então meu amor, voe, para onde quiser, mas volte.
Sabe onde e como me achar.

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